ALUNO DECLARA FALTA DE
CAPACITAÇÃO POR PARTE DE ALGUNS PROFESSORES PARA TRABALHAR NA EDUCAÇÃO
INCLUSIVA
Por Rosinéia Soares da Costa - 1638782
Polo – Campo Largo - PR
Data : 30/08/17
Rafael Domingues dos
Santos, estudante atualmente no Colégio Estadual do Campo Professor Aloisio,
tem 23 anos, esta cursando o 9º ano do ensino fundamental, apresenta
deficiência visual desde quando nasceu com diagnostico de glaucoma (catarata
congênita em A.O), quando a mãe estava gravida teve rubéola. Utiliza a máquina
Braille para escrever e os dois dedos indicadores para leitura, tem uma boa
oralidade, boa leitura de mundo, pois gosta de acompanhar os noticiários da TV.
O aluno utiliza celular
diariamente seu aparelho tem um aplicativo diferente talk back que fala,
manuseia com facilidade, pois vai seguindo as instruções onde usa whatsapp,
facebook,google etc., as vezes utiliza o computador nas aulas de inglês para
fazer provas. A orientação dada pela coordenação do DV é que os professores
passem em um pen drive os conteúdos de sua disciplina e enviar de forma simples
para o programa Dos Vox e que a instituição de ensino se organize e possua
livros didáticos em mec daisy, possibilitando uma melhor compreensão do
conteúdo mais nem todos o fazem.
Na matemática o aluno
deveria também utilizar computador, pois é nessa disciplina que o aluno
apresenta mais dificuldade, ele enfatiza que o “professor não esta preparado
para trabalhar com alunos cegos”, sentimento esse que e expressa com outros
professores, mais ressalta também, que alguns profissionais que se interessam e
adaptam conteúdo para que haja melhor compreensão dele. O estudante citou que
neste ano em uma das aulas de ciências a professora trabalhou um vídeo que
falava da eletricidade, o qual lhe chamou a atenção ele conseguiu se sair bem,
quando o avaliou.
Uma vez na semana Rafael
recebe apoio no CEMAE de Três Córregos em que a professora transcreve os textos
escritos pelo aluno em Braile e os apoia em alguns trabalhos. No período em que
morou no centro de Campo Largo ele estudou no SEEBJA e na escola Primeiro de
Maio onde participava dos jogos escolares na modalidade atletismo e gool bool
atividades essas que deixou de praticar por ter voltado morar com sua mãe no
interior do município. Recebeu várias medalhas e hoje fala com saudade desse
momento vivido. Entre tantas outras as tecnologias mais utilizadas por
ele na sala de aula são: celular, computador, televisão e principalmente a
máquina Braille.
A necessidade da inclusão escolar é uma
realidade no contexto documental educacional brasileiro, mas o sistema
educacional deve ofertar às condições necessárias a afetiva realização desse
processo e a escola não deve apenas inserir o aluno com deficiência e sim
proporcionar meios que garantam a aprendizagem do mesmo.
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