quinta-feira, 31 de agosto de 2017


ALUNO DECLARA FALTA DE CAPACITAÇÃO POR PARTE DE ALGUNS PROFESSORES PARA TRABALHAR NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Por Rosinéia Soares da Costa - 1638782
Polo – Campo Largo - PR

Data : 30/08/17

Rafael Domingues dos Santos, estudante atualmente no Colégio Estadual do Campo Professor Aloisio, tem 23 anos, esta cursando o 9º ano do ensino fundamental, apresenta deficiência visual desde quando nasceu com diagnostico de glaucoma (catarata congênita em A.O), quando a mãe estava gravida teve rubéola. Utiliza a máquina Braille para escrever e os dois dedos indicadores para leitura, tem uma boa oralidade, boa leitura de mundo, pois gosta de acompanhar os noticiários da TV.
O aluno utiliza celular diariamente seu aparelho tem um aplicativo diferente talk back que fala, manuseia com facilidade, pois vai seguindo as instruções onde usa whatsapp, facebook,google etc., as vezes utiliza o computador nas aulas de inglês para fazer provas. A orientação dada pela coordenação do DV é que os professores passem em um pen drive os conteúdos de sua disciplina e enviar de forma simples para o programa Dos Vox e que a instituição de ensino se organize e possua livros didáticos em mec daisy, possibilitando uma melhor compreensão do conteúdo mais nem todos o fazem.
Na matemática o aluno deveria também utilizar computador, pois é nessa disciplina que o aluno apresenta mais dificuldade, ele enfatiza que o “professor não esta preparado para trabalhar com alunos cegos”, sentimento esse que e expressa com outros professores, mais ressalta também, que alguns profissionais que se interessam e adaptam conteúdo para que haja melhor compreensão dele. O estudante citou que neste ano em uma das aulas de ciências a professora trabalhou um vídeo que falava da eletricidade, o qual lhe chamou a atenção ele conseguiu se sair bem, quando o avaliou.
Uma vez na semana Rafael recebe apoio no CEMAE de Três Córregos em que a professora transcreve os textos escritos pelo aluno em Braile e os apoia em alguns trabalhos. No período em que morou no centro de Campo Largo ele estudou no SEEBJA e na escola Primeiro de Maio onde participava dos jogos escolares na modalidade atletismo e gool bool atividades essas que deixou de praticar por ter voltado morar com sua mãe no interior do município. Recebeu várias medalhas e hoje fala com saudade desse momento vivido. Entre tantas outras as tecnologias mais utilizadas por ele na sala de aula são: celular, computador, televisão e principalmente a máquina Braille.
 A necessidade da inclusão escolar é uma realidade no contexto documental educacional brasileiro, mas o sistema educacional deve ofertar às condições necessárias a afetiva realização desse processo e a escola não deve apenas inserir o aluno com deficiência e sim proporcionar meios que garantam a aprendizagem do mesmo.

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