Os
recursos tecnológicos apresentam uma gama infinita de utilização em nossa vida
diária, atuando como facilitadores de nossas atividades, desde as mais
corriqueiras até as mais complexas. Nesse sentido, porque não darmos um novo
uso às ferramentas tecnológicas que temos disponíveis e utilizá-las como um
recurso na escolarização de alunos com as mais variadas necessidades
educacionais especiais?
As chamadas TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação)
são promissoras no processo de implementação e consolidação de um sistema
educacional inclusivo, pelas suas infinitas possibilidades de atender às mais
variadas necessidades, construindo recursos que facilitam e garantem o acesso à
informação, conteúdos curriculares e conhecimentos em geral dos alunos em
processo de inclusão.
Em 2 de janeiro de 2016, entrou em vigor a Lei Brasileira
de Inclusão, que pretende realizar a Inclusão dos alunos com necessidades
especiais na rede regular de ensino, no entanto, como conceituar a Educação
Inclusiva (EI)? Podemos citar o conceito publicado em Rodrigues (2007, p.35)
onde a Educação Inclusiva é “um modelo educacional que promove a educação
conjunta de todos os alunos, independentemente de suas capacidades ou estatuto
socioeconômico. A Educação Inclusiva tem por objetivo alterar as práticas
tradicionais, removendo barreiras à aprendizagem e valorizando as
singularidades dos alunos”. No entanto, é fato que, apesar de ser de direito o
acesso de pessoas com deficiência em muitos segmentos da sociedade, essa
inclusão, muitas vezes, não ocorre de fato.
No
que diz respeito à educação escolar, podemos observar mudanças significativas.
As Universidades e Faculdades estão incorporando em sua grade curricular
disciplinas que tratam de assuntos relacionados à Inclusão a fim de dar
subsídios teóricos e práticos aos profissionais de cursos de Licenciatura e
Pedagogia. Existem também as tecnologias assistivas, cujo termo ainda é novo, e
utilizado para identificar todo o arsenal de Recursos e Serviços que
contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência
e consequentemente promover vida independente e inclusão.
O
pesquisador Teófilo Alves Galvão Filho afirma que a tecnologia assistiva é uma
área de conhecimento de caráter interdisciplinar. Ela engloba produtos,
recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que visam promover a
funcionalidade relacionada à participação de pessoas com deficiência,
incapacidades ou mobilidades reduzidas, visando sua autonomia, qualidade de
vida e inclusão social. Tais ferramentas podem ser, por exemplo, o teclado
alternativo, livros e publicações em áudio, planilhas eletrônicas, software
para reconhecimento e a mesa digital (Play Table).
Podemos
realizar um adendo para falar sobre a Play Table, que é a primeira mesa digital
desenvolvida no Brasil, totalmente interativa e multidisciplinar. Seus jogos e
aplicativos são projetados por professores e especialistas em diversas áreas,
justamente para utilizar a linguagem mais adequada para as crianças e para
manter o conteúdo adequado às diretrizes do MEC. Pode ser utilizada por
crianças a partir de 3 anos de idade, desenvolvendo as habilidades cognitivas e
de coordenação motora, além de trabalhar assuntos específicos, como
alfabetização, matemática, ciências, artes, história, entre outros.
A Play Table utiliza a tecnologia
infrared que se caracteriza pela fácil usabilidade e é, inclusive, acessível a
crianças com deficiência motora ou psíquica, pois é sensível tanto ao toque
humano como de objetos de plástico, metal, feltro, entre outros. Além dos
assuntos específicos, os aplicativos desenvolvem o raciocínio lógico, a
memorização, a atenção e paciência, a criatividade, a resolução de problemas,
as linguagens de expressão e a coordenação motora, deixando os alunos mais
curiosos, observadores, concentrados e comprometidos. Os elementos visuais são
de fácil compreensão e todos os jogos possuem diferentes níveis de aprendizado
(fácil, normal e avançado), acompanhando e auxiliando o desenvolvimento do
aluno.
A mesa é totalmente
preparada para ambientes com muitas crianças. É resistente, lacrada e isolada.
Possui um único cabo de energia e um único botão de ligar e desligar, podendo
ser operada diretamente pelas crianças, além de possuir conexão wi-fi para
atualizações dos jogos. Ela está disponível para venda e vem sendo utilizada
por diversas escolas que relatam experiências de sucesso, pois é um instrumento
muito lúdico e interativo, despertando o interesse das crianças, que mesmo sem
perceber estão desenvolvendo suas habilidades e testando seus conhecimentos.
Podemos observar, no
cenário da educação atual, a procura em promover a acessibilidade dos mais
diversos alunos, promovendo a inclusão e reduzindo as deficiências sociais.
Utilizar a tecnologia na inclusão, é uma forma de oferecer novos meios de
aprendizado e desenvolvimento ao aluno que apresenta algum tipo de deficiência,
quando a mesma é aliada ao projeto pedagógico, com certeza os resultados serão
sempre positivos.
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