TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO
ESPECIAL AUDITIVA
Por Anedes Maria Potratz Duarte RU - 1096404
Polo – Campo Largo
Data 22/09/2017
Hugo,
personagem do Hand Talk
Mesmo não
conhecendo nenhum deficiente auditivo, diz um dos fundadores alagoano da Hand
Talk, “fiquei sensibilizado com o fato de 70% dos surdos terem dificuldade de
compreender o português”. Assim foi criado o projeto do aplicativo que funciona
como um intérprete para Libras informa a Folha Gazeta do Povo.
A
bandeira de alagoas esteve em destaque no palco do maior prêmio de tecnologia
móvel do mundo. O aplicativo Hand Talk (Mãos que Falam), criado por três jovens
alagoanos: Ronaldo Tenório, Carlos Wanderlan e Thadeu Luz afirmaram estarem
bastante satisfeitos e felizes com o resultado de suas criações.
“Usamos
uma tecnologia 3D, aonde chegamos à conclusão que Hugo deveria ser magro, com
uma cabeça grande e dedos finos para facilitar na gesticulação”, disse o
arquiteto e chefe de operações do Hand Talk, Thadeu Luz, numa entrevista com o
jornal Gazeta do povo.
Segundo
ele, o modelo de negócio da empresa gira em torno de ações corporativas. “Nosso
carro-chefe é o tradutor para sites, tornando-os acessíveis em Libra. Até
então, a internet era inacessível para os surdos e as empresas estavam com as
portas fechadas para eles. Hoje, temos mais de cinco mil sites usando a
ferramenta. Desde pequenos blogs até grandes magazines e instituições como a
Pinacoteca do Estado de São Paulo.”
A
tecnologia oferece possibilidades para nos ajudar todos os dias. Há uma nova
onda de aplicativos a favor da inclusão que estão mudando, de fato, a vida das
pessoas. O app Hand Talk é um deles. É gratuito e está disponível para download
em IOS (iPhones e iPads) e Android. A solução ganhou o prêmio da ONU de melhor
aplicativo social do mundo, no WAS Mobile, realizado em Abu Dhabi, em 2013.
A importância do Hand Talk se dá porque, por
diferentes motivos, muitos surdos têm dificuldade de entender o português. Até
porque isso (pode até parecer obvio pra você, mas, não é pra muita gente)
LIBRAS é uma língua diferente do português, como o inglês, o francês e o
japonês. Ou seja, milhares de brasileiros com deficiência auditiva vivem em uma
realidade (sites, jornal, placas de trânsito, embalagens de alimentos...)
repleta de palavras escritas que nem sempre fazem sentido.
O
aplicativo Hand Talk reconhece três tipos de informação – textos, imagens e
sons – e traduz seu conteúdo para a língua de sinais com a ajuda de um
carismático personagem chamado Hugo. Assim, quando um deficiente auditivo
recebe um SMS, Hugo pode traduzi-lo para LIBRAS. Ou, quando ele encontra uma
placa na rua que não entende o significado, basta tirar uma foto e enviá-lo
para Hugo, que varre a imagem em busca de palavras que depois são traduzidas
para LIBRAS.
Em 2014, a
Revista PEGN publicou que o aplicativo seria inserido na rede de ensino público
do país, decisão tomada pelo Governo com dois objetivos: ajudar professores e
alunos surdos na comunicação; e, ainda, ampliar o uso da LIBRAS nas atividades
pedagógicas. Enquanto isso, o app Hand Talk, segue colecionando prêmios e,
agora, quer conquistar a América.
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