sexta-feira, 22 de setembro de 2017

TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL AUDITIVA


TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL AUDITIVA

Por Anedes Maria Potratz Duarte  RU - 1096404
Polo – Campo Largo
Data 22/09/2017

Hugo, personagem do Hand Talk

Mesmo não conhecendo nenhum deficiente auditivo, diz um dos fundadores alagoano da Hand Talk, “fiquei sensibilizado com o fato de 70% dos surdos terem dificuldade de compreender o português”. Assim foi criado o projeto do aplicativo que funciona como um intérprete para Libras informa a Folha Gazeta do Povo.
A bandeira de alagoas esteve em destaque no palco do maior prêmio de tecnologia móvel do mundo. O aplicativo Hand Talk (Mãos que Falam), criado por três jovens alagoanos: Ronaldo Tenório, Carlos Wanderlan e Thadeu Luz afirmaram estarem bastante satisfeitos e felizes com o resultado de suas criações.

“Usamos uma tecnologia 3D, aonde chegamos à conclusão que Hugo deveria ser magro, com uma cabeça grande e dedos finos para facilitar na gesticulação”, disse o arquiteto e chefe de operações do Hand Talk, Thadeu Luz, numa entrevista com o jornal Gazeta do povo.
Segundo ele, o modelo de negócio da empresa gira em torno de ações corporativas. “Nosso carro-chefe é o tradutor para sites, tornando-os acessíveis em Libra. Até então, a internet era inacessível para os surdos e as empresas estavam com as portas fechadas para eles. Hoje, temos mais de cinco mil sites usando a ferramenta. Desde pequenos blogs até grandes magazines e instituições como a Pinacoteca do Estado de São Paulo.”
A tecnologia oferece possibilidades para nos ajudar todos os dias. Há uma nova onda de aplicativos a favor da inclusão que estão mudando, de fato, a vida das pessoas. O app Hand Talk é um deles. É gratuito e está disponível para download em IOS (iPhones e iPads) e Android. A solução ganhou o prêmio da ONU de melhor aplicativo social do mundo, no WAS Mobile, realizado em Abu Dhabi, em 2013.
A importância do Hand Talk se dá porque, por diferentes motivos, muitos surdos têm dificuldade de entender o português. Até porque isso (pode até parecer obvio pra você, mas, não é pra muita gente) LIBRAS é uma língua diferente do português, como o inglês, o francês e o japonês. Ou seja, milhares de brasileiros com deficiência auditiva vivem em uma realidade (sites, jornal, placas de trânsito, embalagens de alimentos...) repleta de palavras escritas que nem sempre fazem sentido.
O aplicativo Hand Talk reconhece três tipos de informação – textos, imagens e sons – e traduz seu conteúdo para a língua de sinais com a ajuda de um carismático personagem chamado Hugo. Assim, quando um deficiente auditivo recebe um SMS, Hugo pode traduzi-lo para LIBRAS. Ou, quando ele encontra uma placa na rua que não entende o significado, basta tirar uma foto e enviá-lo para Hugo, que varre a imagem em busca de palavras que depois são traduzidas para LIBRAS.
 Em 2014, a Revista PEGN publicou que o aplicativo seria inserido na rede de ensino público do país, decisão tomada pelo Governo com dois objetivos: ajudar professores e alunos surdos na comunicação; e, ainda, ampliar o uso da LIBRAS nas atividades pedagógicas. Enquanto isso, o app Hand Talk, segue colecionando prêmios e, agora, quer conquistar a América. 

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