O TRABALHO PEDAGÓGICO A PARTIR DA PERSPECTIVA
DA INSERÇÃO DE FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS PARA O ALUNO DE INCLUSÃO.
Por Maria Celina Prestes Massuqueto RU
Polo Campo Largo
Data 18/08/2017
Fonte:
Laboratório de Informática da Escola Bom Jesus
A tecnologia desponta como
uma alternativa de fomentar o processo de ensino-aprendizagem do aluno de
inclusão. Para que o professor não se torne obsoleto no âmbito pedagógico, se
faz necessário que o mesmo incorpore o uso de novas tecnologias em sua
atividade pedagógica.
Muito mais do que uma
tendência, a incorporação de novas tecnologias já desponta como um modelo de
organização escolar, fomentando novas possibilidades que envolvem os processos
pedagógicos. Tal realidade também infere diretamente no processo de inclusão
escolar, que condiz com a indispensabilidade da criação de mecanismos para
assegurar uma educação que permita o acesso e a permanência de todos os alunos
na escola, independentemente dos aspectos e especificidades inerentes ao aluno.
De fato,
o emprego de ferramentas tecnológicas na sala de aula vem sendo explorado com
cada vez maior intensidade na esfera educacional. Na Escola Bom Jesus, localizada em Campo
Largo, no Paraná, os alunos utilizam uma ferramenta
pedagógica que auxilia na
alfabetização de crianças, jovens e adultos com deficiência intelectual e
com dificuldades cognitivas de
aprendizagem, é o software
Participar, desenvolvido por
professores e alunos da UNB, Universidade de Brasília, que conta com a
colaboração de pessoas deficientes intelectuais no programa. Este software é
uma ferramenta que veio contemplar, colaborar e ampliar o trabalho pedagógico e
didático que o professor já desenvolve em sala de aula na disciplina de
matemática. Ele está disponível, para ser baixado gratuitamente, no
site do Projeto
Participar. Os
recursos pedagógicos e novas tecnologias podem incorporar a prática pedagógica
dos professores no âmbito de proporcionar o conhecimento adequado nos processos
de ensino-aprendizagem voltados para os alunos contemplados pelo processo da
inclusão escolar.
Conceder novas
possibilidades de aprendizagem ao aluno de inclusão é uma tarefa fundamental para
o século XXI. Por isso, na Escola Bom
Jesus eles utilizam o Somar que é um software educacional voltado ao ensino
social da matemática para jovens e adultos com deficiência intelectual. Estão
contempladas atividades que possuem aplicabilidade prática dos números,
usabilidade de cédulas monetárias para atividades do cotidiano, aprendizagem e
uso da calculadora, bem como o uso de relógio digital para a leitura dos horários
cotidianos do estudante. Com esta ferramenta os alunos demonstram muito mais
interesse em aprender e o ensino torna-se mais prazeroso, e esta ferramenta
atingiu o objetivo social, pois facilita a alfabetização e promove a inclusão
digital. O domínio dessas habilidades pode possibilitar uma maior autonomia e
inclusão social. No entanto, o professor deve aprender a fomentar o seu
processo de ensino e o seu plano pedagógico e nortear suas atividades a partir
da integração com estas ferramentas tecnológicas, para que o mesmo de fato possa
ser bem-sucedido em sua empreitada profissional.
Diante dessa perspectiva,
é indispensável que o professor passe a experimentar as ferramentas
tecnológicas que se encontram ao seu dispor para que o mesmo possa utilizá-la
em sala de aula. O professor deve conduzir o acesso e o encantamento do aluno
de inclusão com as ferramentas tecnológicas a partir de sua própria
experiência, sabendo extrair o máximo tanto das ferramentas em si, quanto do
próprio desenvolvimento das potencialidades do aluno de inclusão.
Cabe ao professor que
direciona sua atividade pedagógica ao aluno de inclusão a partir do uso de
ferramentas tecnológicas verificar as possibilidades nas quais as dificuldades
enfrentadas por tal aluno sejam devidamente superadas. É importante conhecer o
aluno e suas dificuldades no mesmo sentido no qual é indispensável conhecer a
ferramenta empregada com o intuito de desenvolver o potencial do aluno de
inclusão e superar os obstáculos inerentes a ele.
Os jogos didáticos
virtuais que podem ser acessados por intermédio de computadores, celulares e tabletes
já superaram as desconfianças da comunidade escolar e despontam como uma
alternativa que contribui para o desenvolvimento do aluno de inclusão. O
professor deve conhecer essa ferramenta para que o mesmo possa integrá-la com o
intuito de fomentar o processo de ensino-aprendizagem e o desenvolvimento das
potencialidades psicossociais dos alunos de inclusão.
Para que o profissional da
educação não se torne obsoleto, o mesmo deve permanecer em constante contato
com as mudanças e possibilidades tecnológicas. Do contrário, o professor
estaria indo em desencontro às novas possibilidades educacionais do século XXI.
Superados os traumas e desconfianças da integração tecnológica na atividade
educacional, as ferramentas tecnológicas devem ser incorporadas a tal processo,
visando a construção de uma educação que de fato possibilite o acesso e a
permanência do aluno de inclusão no âmbito escolar.
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