quarta-feira, 6 de setembro de 2017

O TRABALHO PEDAGÓGICO A PARTIR DA PERSPECTIVA DA INSERÇÃO DE FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS PARA O ALUNO DE INCLUSÃO.

Por Maria Celina Prestes Massuqueto RU
Polo Campo Largo
Data 18/08/2017

Laboratório de informática
Fonte: Laboratório de Informática da Escola Bom Jesus

A tecnologia desponta como uma alternativa de fomentar o processo de ensino-aprendizagem do aluno de inclusão. Para que o professor não se torne obsoleto no âmbito pedagógico, se faz necessário que o mesmo incorpore o uso de novas tecnologias em sua atividade pedagógica.
Muito mais do que uma tendência, a incorporação de novas tecnologias já desponta como um modelo de organização escolar, fomentando novas possibilidades que envolvem os processos pedagógicos. Tal realidade também infere diretamente no processo de inclusão escolar, que condiz com a indispensabilidade da criação de mecanismos para assegurar uma educação que permita o acesso e a permanência de todos os alunos na escola, independentemente dos aspectos e especificidades inerentes ao aluno.
De fato, o emprego de ferramentas tecnológicas na sala de aula vem sendo explorado com cada vez maior intensidade na esfera educacional.  Na Escola Bom Jesus, localizada em Campo Largo, no Paraná, os alunos utilizam uma ferramenta pedagógica que auxilia na alfabetização de crianças, jovens e adultos com deficiência intelectual e com dificuldades cognitivas de aprendizagem, é software Participar, desenvolvido por professores e alunos da UNB, Universidade de Brasília, que conta com a colaboração de pessoas deficientes intelectuais no programa. Este software é uma ferramenta que veio contemplar, colaborar e ampliar o trabalho pedagógico e didático que o professor já desenvolve em sala de aula na disciplina de matemática. Ele está disponível, para ser baixado gratuitamente, no site do Projeto Participar. Os recursos pedagógicos e novas tecnologias podem incorporar a prática pedagógica dos professores no âmbito de proporcionar o conhecimento adequado nos processos de ensino-aprendizagem voltados para os alunos contemplados pelo processo da inclusão escolar.
Conceder novas possibilidades de aprendizagem ao aluno de inclusão é uma tarefa fundamental para o século XXI.  Por isso, na Escola Bom Jesus eles utilizam o Somar que é um software educacional voltado ao ensino social da matemática para jovens e adultos com deficiência intelectual. Estão contempladas atividades que possuem aplicabilidade prática dos números, usabilidade de cédulas monetárias para atividades do cotidiano, aprendizagem e uso da calculadora, bem como o uso de relógio digital para a leitura dos horários cotidianos do estudante. Com esta ferramenta os alunos demonstram muito mais interesse em aprender e o ensino torna-se mais prazeroso, e esta ferramenta atingiu o objetivo social, pois facilita a alfabetização e promove a inclusão digital. O domínio dessas habilidades pode possibilitar uma maior autonomia e inclusão social. No entanto, o professor deve aprender a fomentar o seu processo de ensino e o seu plano pedagógico e nortear suas atividades a partir da integração com estas ferramentas tecnológicas, para que o mesmo de fato possa ser bem-sucedido em sua empreitada profissional.
Diante dessa perspectiva, é indispensável que o professor passe a experimentar as ferramentas tecnológicas que se encontram ao seu dispor para que o mesmo possa utilizá-la em sala de aula. O professor deve conduzir o acesso e o encantamento do aluno de inclusão com as ferramentas tecnológicas a partir de sua própria experiência, sabendo extrair o máximo tanto das ferramentas em si, quanto do próprio desenvolvimento das potencialidades do aluno de inclusão.
Cabe ao professor que direciona sua atividade pedagógica ao aluno de inclusão a partir do uso de ferramentas tecnológicas verificar as possibilidades nas quais as dificuldades enfrentadas por tal aluno sejam devidamente superadas. É importante conhecer o aluno e suas dificuldades no mesmo sentido no qual é indispensável conhecer a ferramenta empregada com o intuito de desenvolver o potencial do aluno de inclusão e superar os obstáculos inerentes a ele.
Os jogos didáticos virtuais que podem ser acessados por intermédio de computadores, celulares e tabletes já superaram as desconfianças da comunidade escolar e despontam como uma alternativa que contribui para o desenvolvimento do aluno de inclusão. O professor deve conhecer essa ferramenta para que o mesmo possa integrá-la com o intuito de fomentar o processo de ensino-aprendizagem e o desenvolvimento das potencialidades psicossociais dos alunos de inclusão.
Para que o profissional da educação não se torne obsoleto, o mesmo deve permanecer em constante contato com as mudanças e possibilidades tecnológicas. Do contrário, o professor estaria indo em desencontro às novas possibilidades educacionais do século XXI. Superados os traumas e desconfianças da integração tecnológica na atividade educacional, as ferramentas tecnológicas devem ser incorporadas a tal processo, visando a construção de uma educação que de fato possibilite o acesso e a permanência do aluno de inclusão no âmbito escolar.


Nenhum comentário:

Postar um comentário